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 1875 -Invenção do telefone

Réplica do Aparelho Experimental Utilizado por Graham Bell.
O telefone nasceu meio por acaso, na noite de 2 de junho de 1875. Alexander Graham Bell, um imigrante escocês, que morava nos Estados Unidos e era professor de surdos-mudos, fazia experiências com um telégrafo harmônico, quando seu ajudante, Thomas Watson, puxou a corda do transmissor e emitiu um som diferente. O som foi ouvido por Bell do outro lado da linha.
Réplica de um dos primeiros telefones: reversível de mesa.
A invenção foi patenteada em 7 de março de 1876, mas a data que entrou para a história da telefonia foi 10 de março de 1876. Nesse dia, foi feita a transmissão elétrica da primeira mensagem completa pelo aparelho recém-inventado. Graham Bell encontrava-se, no último andar de uma hospedaria em Boston, nos Estados Unidos. Watson trabalhava no térreo e atendeu o telefone, que tilintara. Ouviu, espantado: "Senhor Watson, venha cá. Preciso falar-lhe." Ele correu até o sótão de onde Bell havia telefonado. Começava uma longa história. A história das telecomunicações que iria revolucionar o mundo dali em diante.
1876 - O telefone e D. Pedro II: O reconhecimento
Mal tinha sido inventada, ainda em 1876, o telefone foi parar numa exposição famosa, a Exposição Centenária de Filadélfia, nos Estados Unidos. Mas o aparelho não fez o menor sucesso. Por mais de seis semanas, Graham Bell ficou com seu invento sobre uma mesa, sem que ninguém lhe desse atenção. Quando a comissão de juízes da exposição se aproximou, um deles apanhou o receptor do telefone, olhou-o com pouco caso e tornou a colocá-lo no lugar. Nem sequer colocou o aparelho no ouvido. Outro juiz fez um comentário que provocou risos.

Réplica de Telefone Reversível de Mão.

Mas a novidade não passou despercebida por todos. Ao visitar a exposição, no dia 25 de junho, o imperador do Brasil, D. Pedro II, tratou de procurar Graham Bell. Tempos atrás, ele tinha ficado impressionado com uma aula do jovem professor para surdos-mudos. Bell aproveitou a oportunidade e não deixou por menos: estendeu um fio de um canto a outro da sala, dirigiu-se ao transmissor e pôs D. Pedro II em grande expectativa.
- Ser ou não ser, eis a questão - falou Bell, sendo ouvido claramente pelo imperador.
- Meu Deus, isso fala! - exclamou, assombrado, D. Pedro II.
Daí para frente, o reconhecimento veio rápido. Menos de um ano depois, já estava organizada a primeira companhia telefônica do mundo, a Bell Telephone Company, em Boston, nos Estados Unidos. A companhia tinha ao todo 800 telefones e era presidida por Gardner Hubbard, sogro de Graham Bell . O superintendente geral era Theodore Vail.
Mas, afinal, por que Alexander Graham Bell foi se lembrar justamente do "ser ou não ser, eis a questão" na hora de falar com o imperador do Brasil? Foi por conta de seu avô, Alexandre Bell, um sapateiro que queria ser ator e vivia a recitar Shakespeare. Ele acabou impressionado com a própria voz e ficou com a mania de melhorar a dicção. Abandonou os sapatos e abraçou o teatro. Pouco depois, descobriu outra profissão: professor de elocução. O avô do inventor do telefone tornou-se especialista em foniatria, mas não esqueceu Shakespeare, seu tema preferido em conferências dramáticas.

Encontro de D.Predro II com Graham Bell na Exposição de Filadélfia 1876.

Tal pai, tal filho. Alexandre Melville Bell, pai do nosso Bell, passou a se interessar não apenas pelo som, mas pelas causas desse som. Estudou anatomia, quis saber tudo sobre a laringe e as cordas vocais. Criou a "fala invisível": um conjunto de símbolos, cada qual representando a exata posição da boca, dos lábios, da língua e do palato na pronúncia das vogais e consoantes. Com o uso desses símbolos, era possível saber a pronúncia correta de cada uma delas.
O método foi bastante usado na Europa e na América, para ensinar elocução e línguas e também para ensinar surdos-mudos. Foi a partir da "fala invisível" criada pelo pai de Graham Bell que surgiram os símbolos que hoje aparecem nos dicionários para indicar a pronúncia figurada.
É possível entender agora a paixão de Graham Bell pela voz e o desejo de fazê-la voar através de um fio?
O ajudante de Bell, Thomas A. Watson, é outro personagem importante nessa história. Ele era artesão de uma das maiores e mais bem aparelhadas oficinas elétricas no país, onde eram construídos os mais estranhos aparelhos recomendados pelos inventores. Foi Watson que procurou Bell para falar de uma peça que não estava dando certo, o telégrafo harmônico. Mas Bell logo deixaria de lado o tal telégrafo para se dedicar totalmente ao seu novo invento, o telefone.
O entusiasmo do professor acabou contagiando Watson. Os dois tornaram-se grandes amigos e Bell deu a seu ajudante participação nas patentes. Afinal, Watson participara de todas as etapas da confecção do telefone, apurando, junto com Bell, as imperfeições existentes. Sem falar que foi Watson quem ouviu a primeira mensagem inteligível transmitida pelo telefone: "Senhor Watson, venha cá. Preciso falar-lhe!".

1877 - O Telefone chega ao Brasil.

O telefone chegou ao Brasil, em 1877, poucos meses depois da exposição de Filadélfia. O primeiro aparelho foi fabricado nas oficinas da Western and Brazilian Telegraph Company, especialmente para D. Pedro II. Foi instalado no Palácio Imperial de São Cristovão, na Quinta da Boa Vista, hoje o Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Ainda em 1877, começou a funcionar uma linha telefônica ligando a loja O Grande Mágico, na Rua do Ouvidor, ao Quartel do Corpo de Bombeiros.
Dois anos mais tarde, em 15 de novembro de 1879, era feita a primeira concessão para estabelecimento de uma rede telefônica no Brasil. Quem ganhou a concessão foi Charles Paul Mackie. Foi também em 1879 que a repartição de telégrafos organizou no Rio de Janeiro um sistema de linhas telefônicas ligadas à Estação Central de Bombeiros, para aviso de incêndios.
Mais um ano, e estava formada a primeira companhia telefônica nacional, a Telephone Company of Brazil. Criada em 13 de outubro de 1880, ela tinha um capital de 300 mil dólares e foi instalada em janeiro de 1881, na Rua da Quitanda no 89. Em 1883, a cidade já tinha cinco estações de mil assinantes. A primeira linha interurbana também é de 1883. Ligava o Rio de Janeiro a Petrópolis.
A novidade logo se espalhou para o resto do País. A primeira concessão para outros estados foi realizada em 18 de março de 1882. Foram atendidas as cidades de São Paulo, Campinas, Florianópolis, Ouro Preto, Curitiba e Fortaleza. Em 1884, São Paulo e Campinas foram beneficiadas com novas concessões.
A permissão para a construção de uma linha, ligando São Paulo ao Rio de Janeiro, foi concedida em 1890, para J.O. Simondsen. Ele teve a idéia de seguir pelo litoral e chegou a construir 60 km de linha. Acabou desistindo do projeto. Talvez por simples superstição, a população dos lugarejos por onde a linha passava derrubava, à noite, os postes levantados de dia.
Mas a telefonia não parava de avançar. O primeiro cabo interurbano subterrâneo no Brasil foi inaugurado em 1913. Eram 30 pares, ligando Santos a São Paulo, numa distância de cerca de 70 km. Pouco mais tarde, a ligação foi feita também com Campinas. Os telefones tiveram uma responsabilidade e tanto no progresso de São Paulo.

Em Minas Gerais, a história é parecida. A primeira concessão foi obtida em 1882, para uma rede telefônica em Ouro Preto. Em 1891, foi concedida permissão para linhas, ligando as cidades de Leopoldina, Cataguazes e São Paulo de Muriaé. A ligação entre Rio e Minas, por linha telefônica, aconteceu em 1895. E, em 19 de julho de 1913, o Decreto no 3.961 regulou as condições sob as quais o governo do Estado permitia as concessões do serviço telefônico, feitas desde o ano anterior, 1912. A partir dali, várias outras cidades estabeleceram suas redes.
Telefone a magneto de parede: década de 20.

O ano de 1916 é outro marco. Nesse ano, a Companhia de Telephone Interestadoaes, a principal empresa de telefonia no Estado de Minas, tornou-se um dos ramos da Rio de Janeiro and São Paulo Telephone Company, mais tarde Companhia Telefônica Brasileira (CTB). Em 1929, várias cidades mineiras ainda possuíam redes telefônicas não integradas no sistema CTB. Várias redes foram então reconstruídas e uma grande rede interurbana passou a integrar Minas à principal rede.
O privilégio não era apenas de Minas, Rio e São Paulo. Na grande maioria das outras regiões do Brasil, a telefonia foi implantada entre 1882 e 1891. Em 1889, as estatísticas apontavam um total aproximado de 160 mil telefones em todo o País dos quais 104 mil eram da CTB.

Telefone a magneto de Parede.

Nos primeiros anos, o serviço telefônico do Rio de Janeiro passou alternadamente de firmas particulares para o governo. Em 6 de junho de 1889, ele foi adquirido pela concessionária alemã Brasinisliche Elektricitats Gesellschraaft. A concessão era válida por 30 anos. O serviço telefônico começava a se estabilizar.

Telefone a Magneto - Início do Século XX.


A nova firma possuía aparelhagem alemã e o tipo de sistema era o magneto. Os telefones eram ligados à central por um fio. Na caixa do aparelho, havia uma manivela que o assinante movia para chamar a telefonista na central. Era a telefonista, então, quem fazia a ligação. Quando queria terminar o telefonema, o assinante movia a manivela em sentido contrário. Dessa forma, a telefonista recebia o sinal de desligar.

1906 - O Telefone de bateria central.
Telefone de Mesa Tipo Castiçal 1906.

O telefone a magneto, com manivela, acabou depois de um incêndio. Foi em 1906. As instalações da Brasinisliche Elektricitats Gesellschraaftna Praça Tiradentes, na cidade do Rio de Janeiro, foram destruídas e o serviço telefônico teve de ser interrompido durante sete meses. Quando o prédio foi reconstruído, os aparelhos antigos acabaram sendo substituídos por outros bem diferentes. Os novos telefones, importados dos Estados Unidos, tinham um sistema de bateria central, sem manivela. Era só tirar o fone do gancho para entrar em contato com a telefonista.

1907 - Encampação da concessionária alemã.
Central Telefônica 1917

A concessionária alemã Bra-sinisliche Elektricitats Gesellschraaft teve vida curta na telefonia brasileira. Em 1907, ela foi encampada pela Rio de Janeiro Telephone Company, com sede nos Estados Unidos. Cinco anos depois, nova incorporação, desta vez à Brazilian Traction Light & Power, do Canadá.

Telefone de Parede com Sistema de Bateria Cental - 1920.

Essa época guarda histórias pitorescas, muitas delas envolvendo as telefonistas, uma das pioneiras do trabalho feminino no início do século. Naquele tempo, era comum as telefonistas mais antigas ajudarem as mais novas. Mas Rosa Silva, famosa pela boa memória, era um caso à parte. As telefonistas atendiam os assinantes com a frase: "Número, faz favor". Muitas vezes, o assinante não sabia o número, só o nome da pessoa com quem queria falar.
Digamos que o assinante pedisse:
- Senhorita, faz favor de ligar com Francisco Leal.
Se a telefonista soubesse de cor o número, tudo bem. Mas, e se não soubesse? Simples. Fechava a chave e gritava:
- Rosa! Rosa estava ocupada, atendendo a outro assinante ou outra colega.
- Rosa! Afinal, Rosa atendia ao apelo. A colega perguntava, então, o número do tal Francisco Leal, mas Rosa precisava saber se era do depósito, do escritório ou da casa do Francisco. Lá, ia a telefonista indagar do assinante que estava esperando na linha, para depois voltar:
- Rosa, é do depósito!
A veterana tinha de se lembrar sobre qual assinante aquilo se referia e informar qual era o número pedido. Quanto tempo perdido! Mas que memória! Dona Rosa Silva era a "informação em pessoa"!

1916 - RJ e SP Telephone Company I Guerra Mundial.
Telefonistas da Companhia Telefonica do Rio de Janeiro
1915.


A telefonia atraía cada vez mais atenção. E novos negócios. Em 1916, foi criada a Rio de Janeiro and São Paulo Telephone Company, subsidiária da Brazilian Traction. A nova organização adquiriu as ações de várias companhias existentes no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Minas Gerais; estabeleceu as ligações interurbanas entre todas essas localidades e teve um desenvolvimento extraordinário. Com a Primeira Guerra Mundial, no entanto, o número de assinantes do Rio de Janeiro pouco aumentou.

1918/1920 - Inauguração de 4 centrais.
Entre 1918 e 1920, foram inauguradas quatro novas centrais telefônicas no Rio de Janeiro: Beira-Mar (hoje Museu do Telephone), Ipanema, Piedade e Jardim do Méier. Eram mais 4.860 linhas telefônicas. Em 1922, o Rio de Janeiro tinha cerca de 30 mil telefones para uma população de 1 milhão e 200 mil habitantes.

1923 - Companhia Telefônica Brasileira
Telefone de Mesa Tipo Castiçal – 1906.

Em janeiro de 1923, a direção da Rio de Janeiro and São Paulo Telephone Company, em Toronto, Canadá, decidiu mudar o nome da companhia para Brazilian Telephone Company. Mais que isso. Decidiu que o nome poderia ser usado em português. Em 28 de novembro daquele mesmo ano, surgia então a Companhia Telefônica Brasileira, a CTB.

1930 - Sistema Autmomático de telefonia.

Era o ano de 1888, na cidade de Kansas, nos Estados Unidos. O agente funerário Halmon B. Storwger olhava com inveja um aparatoso enterro que passava. Por que não tinha sido dele aquele freguês? Mais tarde, um dos parentes lhe diria:
- Tentei chamá-lo, mas a telefonista dizia sempre que sua linha estava ocupada.
A inveja de Halmon transformou-se em raiva.
- Ocupada? Não tive uma chamada sequer durante todo o dia. - trovejou ele - Outro erro de alguma telefonista estúpida. Se é a última coisa a fazer, vou imaginar um meio de não haver necessidade de telefonistas.
Poucos meses depois, Strowger fabricou um curioso aparelho. Ele afixou alfinetes ao redor das paredes de uma caixinha comum de colarinho. Cada alfinete representava a linha de um assinante. Dentro da caixa, ele colocou um braço metálico numa barra central, de maneira que ele rodasse de alfinete em alfinete, quando ativado por eletromagneto. Depois, ligou a este aparelho um telefone comum, ao qual fora adicionado um botão de pressão. Cada impulso do botão operava o magneto e movia o braço metálico, tinindo de um botão a outro e "soletrando" o número desejado. Strowger tirou uma patente do invento e, com Joseph Harris, um jovem negociante de roupas, de Chicago, formou uma companhia.
A chance para experimentar a instalação do novo aparelho veio em 1892. Em 3 de novembro daquele mesmo ano, o sonho de Strowger tornou-se realidade. As pessoas podiam chamar umas às outras sem nenhum auxílio das telefonistas. Três anos mais tarde, em 1895, já estava sendo produzido um telefone com um tosco disco em lugar de botão de pressão.

Telefone Automático Modelo de Parede – 1928.

O telefone conquistava um número cada vez maior de pessoas. Em 1929, a CTB comemorava a instalação da centésima milésima linha em sua área de operação. No mesmo ano, foi inaugurada a primeira estação automática no Rio de Janeiro, dispensando o trabalho das telefonistas. Esta central foi instalada na Rua Alexandre Mackenzie 69, bem no centro da cidade.

1935 - Telefones Públicos.

Para quem não tinha condições de comprar um telefone, a boa notícia veio em 1935. Nesse ano, a CTB instalou o primeiro posto público, na antiga Galeria Cruzeiro, hoje Ed. Avenida Central, no Rio de Janeiro. A novidade logo se multiplicou. Bares, farmácias e mercearias ganharam telefones públicos. Mas ainda havia um problema: só era possível usar esses telefones no horário comercial. Aos sábados, domingos, feriados, logo cedinho ou de madrugada, as lojas e bares estavam fechados. A solução foi importar cabines telefônicas do Canadá. Em pouco tempo, elas estavam instaladas nos principais pontos públicos: rodoviárias, estações de trem e praças públicas.

Telefone Público - Década de 30.


Os orelhões apareceram em 20 de janeiro de 1972, quando a cidade do Rio de Janeiro comemorava sua fundação. Foi no aniversário da cidade que a CTB lançou um novo tipo de cabine de telefone público, em fibra de vidro, cor laranja e formato de concha. A aceitação foi excelente e o apelido, imediato. Até hoje, os telefones públicos no Brasil são conhecidos como orelhões.
Durante muito tempo, os telefones públicos funcionaram com fichas metálicas. A companhia de Telecomunicações do Rio de Janeiro, a Telerj, foi a primeira empresa do Sistema Telebrás a instalar orelhões a cartão indutivo, em 1992. A tecnologia é genuinamente nacional e as vantagens sobre o aparelho tradicional são muitas: a manutenção é mais fácil, o vandalismo é reduzido e, graças ao sistema de supervisão automática, o custo de coleta de fichas é eliminado.

Cabine Pública - Década de 30.

A instalação de telefones públicos a cartão atende a uma importante diretriz: a popularização da telefonia. O objetivo é que um número cada vez maior de pessoas tenha acesso aos serviços de telecomunicações. Também são de fundamental importância a conservação e o bom uso do telefone público. Isso vale especialmente para as áreas onde a população depende basicamente do telefone público para suprir suas necessidades emergenciais de comunicação: hospital, polícia, bombeiros etc..

1939/1945 - II Guerra Mundial Getúlio Vargas.
Telefone de Mesa Automática Modelo Padrão da CTB - Década de 40.


A Segunda Guerra Mundial mergulhou o País em uma série de dificuldades, provocando a estagnação do setor de telefonia. Mesmo assim, a CTB conseguiu instalar, entre 1939 e 1945, cerca de 45 mil novos telefones no Rio de Janeiro. Os pracinhas brasileiros, integrados aos soldados americanos, passaram a ter acesso a telefones de nova tecnologia, mais leves e à prova de impactos, que logo se tornaram poderosas armas nas frentes de combate.

Nacionalização da CTB – 1956.

O nome já era conhecido em português, mas a companhia ainda era estrangeira. Em 28 de novembro de 1956, finalmente, o presidente Juscelino Kubstchek assinava o Decreto no 40.439, nacionalizando a sociedade anônima Brazilian Telephone Com-pany. Ela agora era, efetivamente, a Companhia Telefônica Brasileira.

EMBRATEL – 1965.

O serviço de telecomunicações tornava-se cada vez mais amplo e mais complexo. Para atender às novas necessidades do mercado, foi criada a Empresa Brasileira de Telecomunicações, a Embratel, em setembro de 1965. O objetivo era claro: instalar e explorar os grandes troncos nacionais de microondas, integrantes do Sistema Nacional de Telecomunicações e suas conexões com o exterior.
O primeiro sistema de microondas da América Latina foi inaugurado entre Rio - São Paulo e Campinas.

Aquisição da CTB – 1966.

A CTB passou para as mãos do Estado em 1966. Nesse ano, o governo brasileiro negociou não só a compra da CTB, mas também o de suas empresas associadas, a Companhia Telefônica Brasileira de Minas Gerais e a Companhia Telefônica do Espírito Santo. As três pertenciam à Brazilian Traction, de capital canadense, e tinham um peso considerável no mercado de telecomunicações. Eram responsáveis por 62% dos telefones no País e operavam numa área que abrangia 45% da população brasileira. Foram adquiridas por US$ 96.315.787, com prazo de 20 anos.
Novo dono, novas regras. Com a compra pelo governo brasileiro, a CTB e suas subsidiárias mudaram de estatuto e de administração. As tarifas foram reformuladas de acordo com o custo real dos serviços prestados. A CTB lançou-se na expansão e modernização dos serviços nas áreas em que operava, programando a instalação de 522.528 linhas telefônicas. Lucro, é claro, para os usuários dos serviços de telefonia.



Fonte:www.proeja.com/311news/invencaodotel.html

Matéria Jornal Diário de Pernambuco

Carros duas cabeças: mito ou realidade?

Consumidor tem a vantagem financeira na hora da compra. Cuidado deve ser com modelos sem o airbag e o ABS

Marília Parente - Diario de Pernambuco
Publicação: 06/02/2014 11:15 Atualização: 06/02/2014 11:35

Na mitologia grega, volta e meia, Hércules se estranhava com a hidra de Lerna, uma criatura pavorosa, de várias cabeças. A cada cabeça decapitada, nasciam duas no lugar. Pois é assim que muito consumidor anda vendo os veículos 2013/2014 - ou duas cabeças, como os concessionários gostam de chamar os carros cuja data de fabricação é um ano mais antiga do que a do modelo. Os compradores receiam que o ano de fabricação do carro dê prejuízo numa futura revenda. Já os lojistas defendem que os parâmetros para preço de negociação são o modelo e o estado de conservação.

O gerente de vendas da Disnove/Volkswagen Bruno Lima, garante que a desvalorização dos carros duas cabeças na hora da revenda não passa de mito. "Para o consumidor, os 2013/2014 são mais interessantes, porque como foram comprados antes da virada do ano, estão mais baratos. Eles entram sem IPI, sem o reajuste de preço e, muitas vezes, com redução de taxas", comenta Bruno. Diretor da ViaSul, Roberto Figueiredo lembra que a procura por carros duas cabeças foi grande no começo do ano. "Quem quiser seu 2013/2014 tem que correr, eles só devem durar em nossos estoques até o final desse mês".

Samir Ferreira priorizou economizar em 2010, quando comprou sua Hyundai Tucson 
 (Júlio Jacobina/DP/DA PRESS)
Samir Ferreira priorizou economizar em 2010, quando comprou sua Hyundai Tucson
 

O excesso de crédito no mercado facilita a compra de carros zero e, consequentemente, desvaloriza os carros seminovos, os quais podem ser ainda mais depreciados se forem duas cabeças. Professor da Faculdade Boa Viagem (FBV) e analista financeiro, Roberto Ferreira explica: "a depreciação média de um carro seminovo de um ano para o outro está em torno de 25%. Se for um seminovo duas cabeças, que tem a data de fabricação mais antiga, a desvalorização pula para algo em torno de 30%", explica o professor. Assim, quem comprar seu carro 2013/2014 esse ano pensando em revender no próximo, só vai conseguir negociá-lo por cerca de 70% de seu valor. "Se meu carro custa R$ 30 mil, é provável que eu consiga revendê-lo ano que vem por R$ 21 mil", exemplifica Roberto.

O outro lado
Para o administrador Samir Ferreira, a prioridade é gastar menos. "Em 2010 comprei meu Tucson. Eu procurava o modelo do ano e me ofereceram ele. A única diferença é que meu carro foi fabricado em 2009, mas não me sinto prejudicado. Ele tem todos os acessórios que teria se fosse recém-fabricado".

Nem sempre é assim. Como foram fabricados no ano passado, alguns duas cabeças sem as novas medidas de segurança - airbag e ABS - ainda estão disponíveis para compra. Muitas concessionárias oferecem descontos em carros como estes, mas é preciso ter cautela. O analista alerta: "além de comprometer a segurança dos passageiros, a ausência do airbag e do ABS certamente vão desvalorizar o carro no futuro". É preciso ter em mente que a pechincha de agora pode custar caro no futuro.

Ranking ATP

Rank, Name & NationalityPointsWeek ChangeTourn Played
1 Nadal, Rafael (ESP)14,330021
2 Djokovic, Novak (SRB)10,620018
3 Wawrinka, Stanislas (SUI)5,710525
4 Del Potro, Juan Martin (ARG)5,370122
5 Ferrer, David (ESP)5,280-224
6 Murray, Andy (GBR)4,720-219
7 Berdych, Tomas (CZE)4,540024
8 Federer, Roger (SUI)4,355-220
9 Gasquet, Richard (FRA)3,050025
10 Tsonga, Jo-Wilfried (FRA)2,885021
11 Raonic, Milos (CAN)2,770023
12 Haas, Tommy (GER)2,435026
13 Isner, John (USA)2,320026
14 Youzhny, Mikhail (RUS)2,145126
15 Fognini, Fabio (ITA)2,100128
16 Robredo, Tommy (ESP)1,980222
17 Almagro, Nicolas (ESP)1,930-323
18 Nishikori, Kei (JPN)1,915-121
19 Dimitrov, Grigor (BUL)1,810323
20 Simon, Gilles (FRA)1,700-125

Setor de Cartões Terá Disputa Mais Ferrenha em 2014

21 de janeiro de 2014 - 18:03
Setor-de-cartoes-tera-disputa-mais-ferrenha-em-2014-televendas-cobranca
Um cenário de competição mais acirrada começa a se desenhar para o mercado de cartões em 2014, ano em que o setor vai chegar perto de movimentar R$ 1 trilhão em transações. Depois de um 2013 que prometeu mais disputa entre as credenciadoras – o que não aconteceu – uma série de fatores indica que esse marasmo vai acabar no ano que vem. A depender do discurso das maiores empresas do segmento, porém, o esforço será para que mais disputas não resultem, necessariamente, em guerra de preços.
As principais credenciadoras do mercado, Cielo, Rede (ex-Redecard) e Santander, empresas que capturam a transação de cartão no varejo, vêm se movimentando para um 2014 mais agitado. A entrada em operação de novas empresas no segmento, como a credencidora que vem sendo criada por ex-executivos da empresa de pagamentos Braspag em sociedade com o BTG Pactual e Banco Pan, também acirrará a concorrência.
No rastro da mudança de nome, a Rede contratou 300 pessoas para reforçar sua equipe comercial e vem sendo mais agressiva em algumas grandes contas, afirma o presidente da credenciadora, Milton Maluhy. A nova leva de contratados vai sustentar também a busca por pequenos lojistas, que apesar do baixo volume, trazem mais rentabilidade, diz.
“Precisamos sair de uma discussão de preço, na direção do valor agregado que podemos trazer ao lojista”, afirma Maluhy. Ele cita ainda as oportunidades de combinar, também para grandes clientes, a venda de serviços de credenciamento a outras ofertas do banco, como a gestão de recursos de fluxo de caixa das empresas (“cash management”) e de folha de pagamento.
A mudança vira uma página na história da Rede, que, logo depois que passou a capturar cartões com a bandeira Visa, em 2010, promoveu uma agressiva rodada de cortes de preços para atrair grandes varejistas para o seu portfólio – e pagou por isso em seus resultados.
No universo dos novatos em credenciamento de cartões, a entrada em funcionamento do “Projeto Stone”, como vem sendo chamada internamente a credenciadora gestada por BTG Pactual, Banco Pan e os criadores da Braspag, também terá seu impacto em alguns grandes comércios.
Segundo o Valor apurou, um dos objetivos da nova credenciadora é substituir as máquinas da Cielo e da Rede nas redes de varejo nas quais o BTG detém participação. Os principais nomes dessa lista são a varejista Leader, que hoje divide os pagamentos em cartões entre Cielo e Rede, e as drogarias da BR Pharma. Procurado, o BTG Pactual preferiu não comentar o assunto.
A Cielo, que hoje lidera esse mercado com cerca de 55% de participação, vem preparando analistas e investidores para um cenário mais “desafiador” no ano que vem, segundo afirmou Rômulo de Mello Dias, presidente da empresa, em teleconferência com analistas sobre os resultados divulgados na segunda-feira.
“Uma certa perda de ‘market share’ é normal”, afirmou Dias, considerando que a companhia é a líder desse setor. No terceiro trimestre, a Cielo contava com 55,26% do mercado e a Rede com 40%. “Nosso compromisso com o investidor é continuar a entregar resultados na última linha”, disse. Para ele, porém, a maior competição no próximo ano pode sim contaminar os preços cobrados dos lojistas.
Dias também reforçou projeção feita no início do ano de que, até o começo de 2015, o grupo de novas credenciadoras criadas desde a abertura do mercado, em 2010, tende a conquistar de 15% a 20% do mercado. Hoje, o Santander é o mais representativo desse time. Banrisul, Elavon e Global Payments sequer chegam a representar juntos 2% do mercado de cartões.
Se, por um lado a Rede vai tentar conquistar pequenos lojistas, por outro, o Santander planeja ganhar espaço entre os grandes. Com 5,3% de fatia de mercado, conquistada às custas de pequenos comerciantes, o banco espanhol se prepara para concluir o acordo de compra da fatia da gaúcha GetNet na “joint-venture” que os dois têm em credenciamento. Esse movimento promete servir para lhe dar mais força para brigar pelos grandes nomes do varejo, uma vez que vai criar uma estrutura de tomada de decisões mais ágil para o banco fazer ofertas a grandes clientes.
Em paralelo, o Santander já tomou algumas grandes redes de seus concorrentes, o que deve acelerar seu ganho de mercado no último trimestre, prometeu o presidente da credenciadora Cassius Schymura, em entrevista recente ao Valor. “Não houve mudança em nossa política de preços para conquistar essas contas”, afirma. Para ele, pesou o relacionamento que o banco vem criando com grandes varejistas nos três anos desde a criação da credenciadora, além de facilidades tecnológicas que implementou para atrair o varejista.
Segundo Schymura, esse será um passo fundamental para que o banco atinja a meta que se propõe no fim do ano, de ter 7% do mercado, contando que a implantação tecnológica dessas contas corra dentro do esperado. O banco espanhol já havia revisado a meta que tinha no começo do ano, de 10% do mercado.
A disputa por grandes varejistas não é gratuita, uma vez que as grandes redes concentram grandes volumes de pagamentos em cartões e são a chave para ganho de escala. Segundo estimativas de executivos do mercado, as três maiores redes de varejo do país, o Grupo Pão de Açúcar, o Carrefour e o Walmart, respondem juntas por 6% de todo o volume movimentado em cartões. É mais do que um Santander nessa área.
Extraido do Blog Televendas & Cobrança   
by Afonso Bazolli

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