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A Nova Onda do Mercado de Outlets no Brasil

15/07/2014 - Brasil Econômico

Depois de uma tentativa mal sucedida de implementação de outlets no Brasil, nos anos 90, a indústria de shoppings volta a olhar para esse mercado, embalada pelo desenvolvimento do varejo no país e, mais uma vez, pelo poder de comprada classe média. Não há um número fechado de quanto os empreendedores de shoppings estão investindo no segmento. Mas segundo uma fonte do setor, o custo gira, em média, entre R$ 80 milhões e R$ 150 milhões por shopping erguido. De acordo coma Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), o Censo 2013-2014 da entidade mostrou que 13% dos shoppings são especializados.
Desses, 12% pertencem à categoria dos outlets. Em 2012, esse percentual correspondia a 6%. Existem seis outlets em funcionamento e outros quatro com previsão de abertura ainda neste ano.
Michel Cutait, especialista em Shopping Center e Varejo e Diretor Executivo da Make it Work, diz que a redescoberta dos outlets tem ligação direta coma economia .
“Um dos propulsores desse mercado é o crescimento econômico e o ingresso de muitas empresas internacionais de varejo no mercado brasileiro. A indústria se profissionalizou. No passado, o varejo era menor, e portanto, poucas empresas tinham estoque suficiente para alimentar as lojas.
Atualmente, a situação é diferente, e agora, os outlets encontram grandes oportunidades no Brasil.
Os primeiros empreendimentos já estão começando a demonstrar que essa aposta pode ser interessante ”, afirma ele.
Michel lembra que apesar de haver um grande espaço para crescimento desse mercado no país, dificilmente chegaremos a bater a marca de 193outlets, caso dos Estados Unidos, conforme dados da VRN Global Outlet Project Directory.
O mercado brasileiro, segundo o setor, comportaria 30 unidades comesse perfil em todo o país.
Luiz Alberto Marinho, sócio da GS&MD Gouvêa de Souza, lembra que nos anos 90, a inflação era muito alta, as marcas tinham pouco prestígio e o consumidor não tinha visão de valor de produtos.
“Ainda trabalhamos com artigos de coleções passadas e itens comum padrão de qualidade inferior, que se traduz em um botão ou zíper diferente. Já nos Estados Unidos, 82% dos produtos de outlets são feitos para eles, exclusivamente”, destaca Marinho.
A General Shopping foi a primeira empresa do setor que investiu na retomada do mercado, com o Outlet Premium São Paulo, em 2009. De lá para cá, abriu um empreendimento em Brasília, em 2012, outro em Salvador, em2013 e o próximo será inaugurado no início de 2015, no Rio. Todos em áreas periféricas para não canibalizar as operações tradicionais das marcas, afirmam especialistas.
“Estamos com mais três projetos que deverão ficar prontos até 2016. O outlet é um bom negócio para o lojista desovar estoques.
Ainda falta muito para ter aqui marcas que invistam em uma divisão de produtos para outlets, como acontece em outros países.
Aqui, somos os maiores parceiros da Nike, que tem produtos específicos para o mercado outlet, diz Alexandre Dias, diretor de Marketing e Varejo da General Shopping Brasil.
Segundo ele, hoje, o desafio do desenvolvimento dos outlets não é o terreno, mas ter mercadoria suficiente para abastecer todos os empreendimentos, afirma o executivo.
Além da General Shopping, o Iguatemi também está investindo no setor de outlets.Em2013, foram R$ 46,2 milhões na aquisição de 41% do Platinum Outlet, em Novo Hamburgo (RS), que foi inaugurado em setembro daquele ano. Pouco depois a companhia anunciou outros dois projetos: Outlet Tijucas (SC), que fica pronto em2015, e o Outlet Nova Lima(MG),em2016.
AJHSF está investindo R$ 102,2 milhões no Catarina Fashion Outlet, primeiro empreendimento do grupo no segmento e que será construído no km 60 da Rodovia Castello Branco, em São Paulo, dentro do complexo Catarina, que tem como principal atividade um aeroporto para aviação executiva. De acordo com a empresa, será inaugurado até o final desse ano. A empresa já atua no setor com empreendimentos tradicionais.
Outlet de nicho é a aposta da Kochen Associados. A empresa, responsável pela implantação de shoppings de decoração como D&D(SP) e Casa Shopping (RJ), abrirá o Casa Outlet, também de itens de decoração, na Rodovia Regis Bittencourt, em agosto, com investimentos de R$ 80 milhões, resultado de recursos vindos do fundo imobiliário Vida Nova, administrado pela consultoria Oliveira Trust.

Dólar Recua, Mas Viajar Está Mais Caro


14/07/2014 - O Estado de S.Paulo

O dólar turismo voltou ao patamar de julho de 2013, mas isso não significou economia para os brasileiros que viajam ao exterior. A valorização cambial dos últimos meses foi totalmente anulada pela alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para gastos fora do País – que passou a vigorar em dezembro do ano passado. Assim, mesmo com a moeda norte americana ligeiramente mais barata, o turista está gastando mais.
O dólar turismo fechou a última sexta-feira cotado a R$2,34, valor um pouco inferior ao de 10 de julho de 2013, quando encerrou a R$ 2,36.
“Entre outubro e janeiro,a divisa teve valorização e chegou a ser cotada a R$ 2,60.
Após esse movimento, entrou em tendência de queda.
Mas, ainda assim, comprar a moeda via cartão pré-pago está mais caro, por conta do imposto”, ressalta Fernando Bergallo, gerente de câmbio da corretora TOV.
Emdezembrode2013,ogoverno elevou de 0,38% para 6,38% a alíquota do IOF cobrada nos cartões pré-pagos, nos saque sem conta corrente feito sem moeda estrangeira e nos quase esquecidos “traveller cheques”. Como o cartão de crédito já tinha essa alíquota maior desde 2011, a única opção não alcançada pela mudança tributária foi o dinheiro em espécie,que continua com IOF de 0,38%.
Simulação realizada pela TOV mostra o peso do imposto no bolso: uma compra de US$ 1 mil com cartão pré-pago ficou R$139,20 mais cara para o brasileiro de um ano para o outro.
Diferença que sobe para R$ 696, caso o desembolso some US$ 5 mil (veja a simulação ao lado). Sem dúvida, levar dinheiro em espécie ao exterior sai mais barato,mas a escolha também deve levarem conta a segurança e a praticidade.“Há turistas que ficam confortáveis carregando todo o dinheiro e outros que ficam completamente apavorados”, destaca Bergallo.
Alternativas. Se a tendência da moeda neste primeiro semestre foi de queda, a segunda metade do ano reserva mais incertezas.
“Há inseguranças nos campos econômico, fiscal e político.
Portanto, deve haver uma reversão no fluxo especulativo, pressionando a cotação do dólar”, afirma o diretor da NGO Corretora, Sidnei Nehme.
Para minimizar os riscos de uma eventual alta do dólar, a orientação é antecipar a compra da moeda, caso a viagem esteja próxima. “O turista tem de avaliar o custo de oportunidade.
Se o dinheiro está parado e ele vai viajar daqui dois ou três meses, não vejo motivo para não fazer a compra logo”, diz Bergallo. “Já se o dinheiro estiver na Bolsa e o investidor tiver de assumir um prejuízo para comprar a divisa, a opção é adquirir aos poucos”, sugere.
Em relação aos custos, há duas recomendações: diversificar os meios e negociar a cotação.
“O cartão de crédito deve ser usado de forma racional, para emergências, já que o cliente fica à mercê da variação cambial.
Já o orçamento da viagem pode ser dividido entre cartão pré-pago e moeda em espécie”, aconselha a coordenadora da Proteste Associação de Consumidores, Maria Inês Dolci.
Para minimizar o efeito do IOF, as casas de câmbio oferecem taxas mais atrativas para o carregamento do pré-pago. Na Confidence e na TOV, por exemplo,o dólar fica dois centavos mais barato para o turista que opta pelo plástico. Então é aqui que entra a parte da negociação.
“Desde a mudança no imposto, houve uma redução de 55% na ativação de cartões e essa demanda migrou toda para a moeda em espécie”, conta Eduardo Kisahleitner, diretor da Confidence Câmbio.
Cartão de crédito. Outra variável que poucos conhecem, mas que pode fazer diferença no gasto final, é a taxa de câmbio praticada pelo cartão de crédito. Não há uma padronização e as instituições financeiras ficam “livres” para definir o câmbio no fechamento da fatura. Pesquisa da Proteste em parceria com o economista da FGV Samy Dana mostra que a discrepância pode significar R$ 114,48 a mais em uma compra de US$ 1 mil.
A maior diferença em relação à Ptax (taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para contratos) foi encontrada no Santander: 5,43% mais. Já a Caixa teve a menor: 0,45%. O estudo avaliou faturas de cartões de sete bancos.

Classificação do Ranking da ATP 07/07/14


1. Novak Djokovic (SER) - 13.130 pontos
2. Rafael Nadal (ESP) - 12.670
3. 
Roger Federer (SUI) - 6.100
4. Stanislas Wawrinka (SUI) - 5.770
5. Tomas Berdych (TCH) - 4.410
6. Milos Raonic (CAN) - 3.920
7. 
David Ferrer (ESP) - 3.875
8. Juan Martín del Potro (ARG) - 3.360
9. Grigor Dimitrov (BUL) - 3.270
10. Andy Murray (GBR) - 3.040
91. Thomaz Bellucci (BRA) - 601

Norte e Nordeste Devem Crescer Acima da Média do País

IDIANA TOMAZELLI - Agencia Estado


Responsáveis por 16% de tudo o que é consumido no País, as Regiões Norte e Nordeste começam a pesar na definição do mapa econômico nacional. De acordo com simulação feita pela consultoria LCA, as duas regiões devem crescer acima da média do Brasil em 2014, enquanto o Sudeste, tradicionalmente a mais rica, tende a registrar Produto Interno Bruto (PIB) abaixo da média.
Nas projeções da LCA, o Brasil deve registrar crescimento no PIB de 2,6% em 2013. O Nordeste deve seguir esse ritmo, com expansão de 2,6%, enquanto o Norte deve crescer 2,2%. Se em 2013 a aceleração ainda não supera a taxa do País, em 2014 as duas se posicionarão, definitivamente, acima da média. A previsão para o PIB em 2014, em nível nacional, é de 2,9%, mas Norte e Nordeste devem crescer 3,8%, de acordo com a consultoria.
O ritmo mais acelerado de crescimento nos próximos anos para o Norte e Nordeste se deve a, basicamente, três fatores. O economista Paulo Neves, da LCA Consultores, destaca a base de comparação mais baixa, a recuperação da indústria extrativa (que tem grande participação, sobretudo no Nordeste) e os ganhos obtidos no mercado de trabalho, que têm impulsionado os serviços e o comércio nessas regiões.
Enquanto isso, o Sudeste, que concentra boa parte da indústria e responde por cerca de 54% de tudo o que é consumido no País, deve crescer 2,1% este ano e 2,6% em 2014. "No ano que vem, veremos a indústria extrativa melhorando e a de transformação, que está mais concentrada no Sudeste, piorando", afirmou. A LCA passou a divulgar, recentemente, relatórios trimestrais regionais, em que avalia a indústria, o varejo e a ocupação em cada uma das áreas.
Ocupação
Apesar de um contexto macroeconômico desfavorável, com inflação mais elevada e juros maiores, as Regiões Norte e Nordeste conseguiram aumentar a ocupação, respectivamente, em 2% e 1,5% no acumulado de janeiro a agosto, ante igual período de 2012. A média nacional ficou em 0,8%, segundo a LCA, com base em dados das Pesquisas Mensal de Emprego (PME) e Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Já a massa de renda cresceu 3,4% no Norte e 2,5% no Nordeste - a média nacional é de 2,9%. "Norte e Nordeste têm melhorado na distribuição de renda e na formalização da economia", destacou Neves. Ainda assim, ele afirma que a base de comparação contribui para os ganhos acima da média. "As economias mais pobres tendem a apresentar ritmo de crescimento superior", disse.
Os principais setores beneficiados por esse tipo de crescimento são os serviços e o comércio. O varejo restrito (que desconsidera automóveis e material de construção) deve crescer 5,4% no Norte e 5,3% no Nordeste. As duas previsões estão acima da projeção nacional, de 4,7%. Se confirmado, esse resultado para o Brasil, será o pior desde 2003, quando o varejo teve queda de 3,7%. "A ocupação no Norte e a massa real em crescimento acima da média no Nordeste garantem desempenho superior do varejo", analisou.
No Sudeste, a previsão é de que o varejo tenha expansão levemente menor do que o Brasil, de 4,2%. O resultado, se confirmado, será o pior desde 2005 (+3,3%). "Há uma migração do ritmo de crescimento. Isso não significa que essas regiões vão acompanhar Sudeste e Sul em poucos anos. Pode demorar algumas décadas, mas o movimento tende a se perpetuar", afirmou.
Hoje, o Norte representa 2% de tudo que é consumido no País, enquanto a fatia do Nordeste fica, em média, nos 14%. "Essa proporção tende a aumentar, se o ritmo de crescimento permanecer superior à média nacional", acrescentou. Para o PIB nacional do terceiro trimestre, a LCA espera crescimento nulo na comparação com o segundo, influenciado por uma contribuição negativa do Sudeste. "Indústria e varejo sinalizam para desempenho inferior à média nacional, o que deve acontecer também no ano que vem", observou.